Wednesday, February 22, 2006

Tons da paz

Muita gente deseja viver em paz convivendo, paradoxalmente, com situações que a tornam impossível. Ninguém consegue viver em paz, desrespeitando os direitos alheios. Não se vive em paz cultivando na alma os corrosivos da mágoa, da inveja, da prepotência, da ingratidão, do desrespeito.
A paz consciente é incompatível com a ignorância e com o descaso. Não se pode construir a paz nas bases da indiferença moral, nem nos alicerces da violência íntima disfarçada de autenticidade.
A paz que não está sedimentada na razão e no mais profundo sentimento de amor ao próximo, não é paz, é ilusão. Quem observa a superfície calma das águas de um charco, por exemplo, pode ter a ilusão de vislumbrar a mansuetude, mas se sondar as profundezas, encontrará miasmas pestilentos e odor fétido de podridão.
Para que a nossa paz não passe de mera ilusão, nossas atitudes precisam ser iluminadas pela luz da razão e aquecidas pelo sol do sentimento.
Certa vez alguém escreveu sobre a paz, o seguinte:
Paz é suave melodia, extraída da alma pelos dedos invisíveis da consciência tranqüila. É canção que cala a voz da violência, que desperta consciências e dulcifica quem a possui. A paz tem a singeleza e o perfume de flores silvestres, cultivadas no solo fértil da lucidez, pelas mãos habilidosas da razão e do sentimento. E é nesse jardim da alma que brotam as sementes da ternura e da compaixão, do afeto e da mansuetude.
Um coração sem paz é como uma orquestra sem tons nem sons, sem flores nem perfumes, sem leveza e sem harmonia. A vida sem paz é como embarcação que navega sem luz, que desconhece o caminho e se perde na imensidão de breu. A paz, ao contrário, enobrece os dons da alma e acarinha a vida. Tem a suavidade da brisa, ao amanhecer, e os vários tons multicores que despertam a aurora. Possui o vigor da mais pujante sinfonia e a sutileza entre tons e semitons.
Paz: a sinfonia perfeita cuja maior nota é o amor. Quando essa sinfonia ecoa nos corações, produz tons e sons na mais perfeita harmonia. Para extrair da alma a melodia da paz, é preciso afinar os acordes da razão e do sentimento, as duas asas que nos guindarão para a luz inapagável, que a todos nos aguarda no limiar do infinito.
"E é tão fácil a conquista da paz! Basta que não ambiciones em demasia. Que corrijas os ângulos da observação da vida. Que ames e perdoes. Que te entregues às mãos de Deus que cuida das 'aves do céu' e dos 'lírios do campo' e que, por fim, cumpras fielmente com teus deveres.”
(Colaboração: Lâmia Antunes)

Sunday, February 12, 2006

Além do dever

Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe tinta e pincéis e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, notou que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Procurou e descobriu que a causa do vazamento era um buraco e o consertou. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e lhe entregou um cheque de grande valor. O pintor ficou surpreso e falou:
- O senhor já me pagou pela pintura do barco.
- Mas isto não é pelo trabalho de pintura - falou o homem. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar, acrescentou o pintor. Certamente o senhor não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreendeu - disse o proprietário do barco - Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois me lembrei que o barco tinha um furo. Grande foi meu alívio e minha alegria quando os vi retornando, sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado. Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar-lhe pela sua "pequena" boa ação, mas isso é apenas a prova da minha gratidão.
Se em nossa ação diária todos nós fizéssemos como aquele pintor, certamente o mundo seria diferente.
Mas, o que geralmente acontece é que fazemos apenas a nossa obrigação, quando a fazemos.
Fazer o que nos compete, com disposição e zelo, é apenas cumprir um dever. Todavia, se, além do dever, buscássemos fazer o que precisa ser feito, sem que ninguém nos peça, então poderíamos dizer que estamos investindo numa sociedade melhor.
Quem trabalha apenas para receber seu salário, demonstra que vale quanto ganha. Mas, quem executa suas obrigações e vai além, sem esperar recompensa alguma, está investindo na própria felicidade.
O trabalho dignifica o ser, mas o trabalho feito com amor e dedicação, enobrece a alma.
Trabalhar por convicção e prazer, e não por obrigação, é a melhor maneira de se sentir bem. Isso porque, se ninguém elogiar nosso trabalho nem reconhecer nosso esforço, para nós não fará diferença alguma. A grande satisfação estará calcada unicamente em fazer com excelência o que fazemos. E o salário, nesse caso, será apenas uma conseqüência.
(Colaboração: Lâmia Antunes)

Sunday, February 05, 2006

O que Deus não lhe pergunta...

1. Deus não pergunta que tipo de carro você dirige...
Ele pergunta pra quantas pessoas você deu carona.
2. Deus não pergunta o tamanho da sua casa...
Ele pergunta quantas pessoas você recebeu em sua casa.
3. Deus não pergunta sobre as roupas que você tem no seu armário....
Ele pergunta quantas pessoas você ajudou a vestir.
4. Deus não pergunta em que vizinhança você mora...
Ele pergunta como você trata seus vizinhos.
5. Deus não pergunta se você vai a igreja todos os domingos...
Ele pergunta se você vive cada dia para Ele.
6. Deus não pergunta quanta comida tem na sua dispensa...
Ele pergunta se você compartilha do seu pão com os necessitados.
7. Deus não pergunta quanto dinheiro você tem na carteira...
Ele pergunta se você colabora com os carentes.
8. Deus não pergunta quantas faculdades você já fez...
Ele pergunta se você ensina os outros o caminho de Deus.

Thursday, February 02, 2006

Fé e esperança

Alguns anos atrás , fiz uma viagem para os Estados Unidos em um navio cujo capitão era um cristão muito dedicado. Quando nos aproximávamos da costa de Terra Nova ele me disse: - A última vez que atravessei este trecho a um mês, aconteceu uma coisa que revolucionou toda a minha vida cristã.
Encontrava-se a bordo George Muller.
Eu estivera 24 horas na ponte de comando.
George Muller procurou-me e disse:
- Capitão, vim dizer-lhe que preciso estar em Quebec no sábado a tarde.
- É impossível, respondi.
- Muito bem, se o seu navio não pode levar-me, Deus achará outra maneira. Há 57 anos que nunca quebro um compromisso. Desçamos até a cabine de mapas. Vamos orar.
Olhei para aquele homem de Deus e pensei de que asilo de lunáticos teria ele fugido. Eu jamais tinha ouvido coisa semelhante .
- Sr. Muller, disse eu, o senhor sabe a densidade desta neblina?
- Não, respondeu ele, meus olhos não estão fixos na densidade da neblina , mas no Deus vivo que controla cada circunstância da minha vida. Ele se ajoelhou e fez uma das orações mais simples que já ouvi, e quando acabou, eu iria orar; mas ele pôs a mão no meu ombro e me disse que não o fizesse.
- Em primeiro lugar você não crê que Ele atenderá, e em segundo, eu creio que Ele já respondeu, e não há mais necessidade de que você ore.
Olhei para ele , e ele me disse:
- Capitão , já faz 57 anos que eu conheço o meu Deus e nunca houve um só dia que eu deixasse de ter audiência com Ele. Levante-se capitão, e abra a porta e verá que a neblina se foi".
Levantei-me e vi que assim era. No sábado a tarde, George Muller estava em Quebec para o seu compromisso.
Não devemos focalizar nossa atenção em coisas sombrias, mas naquEle que "tudo" pode, e certamente fará "A Fé é um salto no escuro para os braços de Deus. Quem não tem fé não salta e nem é abraçado...fica apenas no escuro."
"Sem fé é impossivel agradar a Deus" (Hebreus 11:6)
(Colaboração: Regina Borges)